comprimento do vetor é proporcional a voltagem do potencial.
A corrente elétrica flui da área despolarizada para a polarizada, assim, tendo diversas propagações ao longo do coração. A somatória de todos os vetores em um dado instante resulta em um vetor resultante, o qual possui direção,módulo e sentido.
Derivações bipolares[]
-> Derivação I -> Dois eletródios, colocados nos dois braços, com o eletródio positivo a esquerda. Lembrando que por convenção o potencial flui do polo negativo para o positivo.
-> Derivação II -> Dois eletródio, colocados no braço esquerdo (eletródio negativo) e na perna esquerda (eletródio positivo).
-> Derivação III -> Dois eletródios, colocados no braço esquerdo (eletródio negativo) e na perna direita (eletródio positivo).
-> Derivação aVR -> entre o eixo I e II (ver imagem 1)
-> Derivação aVL -> entre o eixo I e III (ver imagem 1)
-> Derivação aVF -> entre o eixo II e III
Quando o potencial propaga-se no sentido negativo para o positivo , será interpretado por uma determinada Derivação como positiva, e quando o sentido for do positivo para o negativo será interpretado como negativa.
Voltagem[]
-> Para determinar a voltagem de um determinado vetor registrado em um eixo de derivação, traça-se uma linha perpendicular ao eixo que tangencie com a ponta do vetor resultante, essa projeção (vetor projetado) interpreta-se o sentido do vetor, e a voltagem instantânea será igual ao comprimento do vetor projetado no eixo dividido pelo vetor de origem multiplicado por 2mV
-> Traçando-se 3 linhas perpendiculares ( dos eixos I,II,III) que tangenciem a ponta do vetor resultante, é possível o potencial em cada eixo. O vetor pode ter sentido positivo ou negativo, ficando acima ou abaixo da linha zero no eletrocardiograma, respectivamente. Além disso pode-se notar sua intensidade em cada derivação.
Onda T[]
-> Processo de repolarização do músculo ventricular, cerca de 0,35 segundos após o início do complexo QRS. A maior área de músculo ventricular a repolarizar primeiro localiza-se sobre toda a superfície externa dos ventrículos especialmente o ápice cardíaco. Dessa forma a extremidade positiva do vetor cardíaco, durante a repolarização, está direcionada para o ápice assim como na despolarização ventricular. Portanto a onda T normal, será positiva nas três derivações de eixo (I,II,III)
Onda P[]
-> Despolarização dos átrios
-> Começa no nodo sinusal e propaga-se em todas as direções do átrio. O vetor resultante, permanece, geralmente, apoxsxsxntadado quase na mesma direção que nos ventrículos, sendo normalmente positivo nos três eixos
-> Começa no nodo sinusal assim como no processo de repolarização. Portanto o vetor da repolarização tem direção oposta a de polarização, sendo negativa no eletrocardiograma. Entretanto essa onda ocorre quase ao mesmo tempo que o complexo QRS, estando quase sempre obscurecida no eletrocardiograma-> Repolarização muito mais lenta que a repolarização dos ventrículos
Vetor cardiograma, QRS[]
-> A direção preponderante durante a despolarização ventricular é, normalmente da base para o ápice. Essa direção é chamada de eixo elétrico médio ventricular ou vetor QRS médio, que é cerca de 59°.
Condições anormais, Ventrículos que causam desvio do eixo elétrico médio ventricular (Vetor QRS médio)[]
-> O vetor QRS médio pode oscilar, mesmo no coração normal, cerca de 100° para a direita e 20° para a esquerda.-
> Hipertrofia Ventricular: O eixo é desviado para o lado hipertrofiado, pois existe maior quantidade muscular, a qual permite a geração excessiva de potencial elétrico neste lado, também é necessário maior tempo para que ocorra a despolarização. Portanto, o ventrículo normal despolariza antes que o ventrículo hipertrofiado, provocando um forte vetor (do lado normal para o hipertrofiado), desviando o eixo.
-> Bloqueio do ramo do feixe (Sistema de Purkinje): As paredes laterais dos ventrículos despolarizam quase que ao mesmo tempo. Se um dos ramos é bloqueado, o impulso se propaga pelo ventrículo normal muito antes do que no ventrículo afetado. Assim a despolarização ocorre em momentos diferentes, sendo que o ventrículo normal despolariza duas a três vezes mais rápido, ficando este eletronegativo, enquanto o ventrículo afetado permanece eletropositivo, devido a isso, um forte vetor projeta-se do lado normal ao afetado, desviando o eixo para o mesmo lado que sofreu o bloqueio do ramo do feixe. Neste caso o complexo QRS torna-se mais longe devido a condução lenta.
Voltagens anormais do complexo QRS[]
Aumento da voltagem geralmente é decorrente de hipertrofia ventricular[]
-> Voltagem diminuída normalmente é decorrente de uma série de infartos arteriais miocárdicos, com a consequente redução da massa muscular. Também faz uma diminuição da velocidade da onda de despolarização, prolongando o complexo QRS
-> Voltagem diminuída por condições que circundam o coração é principalmente causada pela presença de liquido no pericárdio
Condições causadoras de complexos QRS bizarros[]
-> São causadas em maior frequência devido a destruição do músculo cardíaco em várias áreas ventriculares, com substituição desde por tecido cicatricial. Bloqueios pequenos, múltiplos em vários pontos do sistema de purkinji também é um fator. Tornando a condução do impulso cardíaco irregular e provoca variações na voltagem. Com frequência isso causa picos duplos ou mesmo triplos.
Corrente de lesão[]
->Devido a anormalidades, principalmente que lesam o músculo cardíaco como traumas mecânicos, processos infecciosos, isquemias, provocam que determinada área permaneça parcialmente ou totalmente despolarizada. Devido a isso a corrente flui das áreas despolarizadas (patológicas) para as áreas polarizadas, que ocorre no intervalo T-P, em que toda a musculatura ventricular deveria estar polarizada, neste caso uma corrente negativa anormal flui da área afetada para a normal, despolarizando as conseguintes.
Ponto Zero[]
-> Também chamado de ponto J.
->É o momento após o termino do complexo QRS, em que todo o ventrículo encontra-se despolarizado, portanto não há corrente. Nesse instante a voltagem é zero
Desvio do segmento S-T []
-> Intervalo entre o fim do complexo QRS e o início da onda T. O ponto J, encontra-se no início do segmento S-T, cada vez que uma corrente de lesão ocorre em uma das derivações eletrográficas, verifica-se que os segmentos S-T e T-P não estão no mesmo nível.