Editor: Airton J. Camilotti Jr
Colaboradores: Danilo Burko, Guilherme Garrido, Larissa Fabri, Luiz Brandão e Oquesana Silva
Introdução[]
A tosse é o mais importante e mais frequente sintoma respiratório, consiste numa inspiração rápida e profunda seguida de fechamento da glote, contração dos músculos expiratórios, principalmente o diafragma, terminando com uma expiração forçada após a abertura súbita da glote.
É também considerada um reflexo natural do aparelho respiratório que surge como consequência de um processo irritativo, procurando eliminar secreções anormais, mantendo as vias respiratórias permeáveis. A tosse pode provocar hemorragias conjuntivais em pessoas idosas e grande desconforto nos pacientes recém-operados. Há uma tendência entre os pacientes fumantes crônicos de considerá-la como manifestação "normal", principalmente quando ocorre pela manhã. A tosse é sempre uma tentativa do organismo de limpar as vias aéreas e a garganta. Sempre que houver algo impedindo a perfeita passagem de ar por estas estruturas, resultará em tosse.


Causas[]
- Alergias;
- Uso de alguns medicamentos;
- Doenças respiratórias (gripe e resfriado);
- Tabagismo;
- Infarto pulmonar;
- Corpos estranhos;
- Asma brônquica;
Investigação clínica[]
Inclui várias características: frequência, intensidade, tonalidade, presença ou não de expectoração, relações com o decúbito, período do dia em que é maior a sua intensidade.
Tipos de tosse[]
- Tosse produtiva ou úmida: é acompanhada de secreção, não devendo nestes casos ser combatida;
- Tosse seca: causa apenas irritação das vias aéreas, o catarro parece não existir. Pode ser provacada pelos inibidores da enzima de conversão da angiotensina (ECA);
- Tosse quintosa: caracteriza-se por em acessos, geralmente pela madrugada, com intervalos curtos de acalmaria, acompanha de vômitos e sensação de asfixia. Este tipo de tosse é característica da coqueluche;
- Tosse síncope: é aquela após crise intensa de tosse, resulta na perda de consciência;
- Tosse bitonal: deve-se a paresia ou paralisia de uma das cordas vocais;
- Tosse rouca: própria da laringite crônica, comum nos fumantes;
- Tosse reprimida: é aquela que o paciente evita, em razão da dor torácica ou abdominal que ela provoca;
Sintomas[]
Os sintomas associados à tosse podem ajudar a esclarecer a sua causa. São eles: secreção nasal (coriza), sensação de secreção que escorre do fundo da garganta, chiado no peito ou falta de ar, queimação no estômago e gosto amargo na boca, tosse com sangue em casos mais raros.
Tratamento[]
O mecanismo fundamental para o tratamento da tosse é a hidratação do muco. Quanto mais fácil for eliminá-lo, mais depressa a tosse vai desaparecer. Considera-se que o xarope tem muito pouca indicação para a tosse. Considera-se que os mucolíticos tem muito pouca eficiência, já os broncodilatadores são mais eficientes para alguns casos de tosse, pois ajudam abrir os brônquios para eliminar o muco acumulado. O tratamento mais eficaz para a tosse vai depender de um diagnóstico bem estabelecido e uma causa inteiramente determinada.
Recomendações[]
- Beber bastante água, é o melhor antitussígeno que se conhece, pois facilita a movimentação do muco sobre a camada de cílios;
- Manter os ambientes bem ventilados, se necessário fazer uso de umidificadores ou vaporizadores;
- Dar preferência aos líquidos quentes que costumam trazer alívio assintomático;
- Não tomar remédios por conta própria. Procure assistência médica para diagnóstico e tratamento da tosse;
Referências []
- http://drauziovarella.com.br/dependencia-quimica/tabagismo/tosse/
- PORTO, Celmo Celeno, Semiologia Médica, 5 ed - Rio de Janeiro, 2005;
- PORTH, Carol Mattson, Fisiopatologia, 8 ed, vol 1 - Rio de Janeiro, 2010;