Wiki AIA 13-17
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Editora: Elisa Cristina Correia Mota

O Treponema pallidum, causador da sífilis, é considerado o único treponoma de relevância médica (treponemas causadores de peridontites são incapazes de causar infecção sistêmica). 

Apresenta-se em espiroquetas helicoidais, com 10 a 20 voltas ao redor do eixo principal, com extremidades pontiagudas. É flexível e não classíficável pela coloração gram, pois cora fracamente. Torna-se visível com o uso de corante espessante (prata) ou imunoflorescência. É envolvido por três camadas ricas em NAM-NAG (ácido n-acetil-murâmico e n-acetil-glicosamina), que formam o peptidoglicano (componente da parede celular, conferindo forma e rigidez à célula). Sua superfície celular é rica em lipídeos não reativos, de fraca imunogenicidade, desencadeando uma resposta imunológica tardia e menos intensa (sendo este um fator de virulência). Apresenta flagelo (mobilidade), fixo nas duas extremidades da bactéria, compondo seu eixo e permitindo que esta realize um movimento em "saca-rolha".

Prefere baixa tensão de oxigênio, é fastidioso e tem replicação lenta. Não tem vida livre e é um patógeno exclusivo dos humanos, geralmente adquirido no contato sexual e menos prevalente que outras DSTs (pode também ser transmitido de mãe para filho). O Treponema pallidum não é cultivável in vitro (o diagnóstico laboratorial é feito por sorologia ou RT- PCR, que identifica o patógeno por seu genoma). O tramento consiste na aplicação de 1 dose de antibiótico (penicilina, que inibe a formação da parede celular) e o patógeno não oferece resistência. 

Sífilis (Lues)

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